quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Pequena parte de mim

Fiz um teste no ETALENT, que é um sistema usado por algumas empresas para conhecer mais de seus candidatos. O resultado está aí abaixo. Não me supreendi muito, mas é legal ver alguém, ou algum coisa, te confirmando o que você acha. =)

Felippe da Silva Lima

Seu Maior Talento: Educador

Este tipo de Talento tem a capacidade de aprofundar o conhecimento, sistematizá-lo e passá-lo adiante. Muitos são aqueles que sabem em profundidade mas não sabem transmitir. Muitos também são os que sabem e não se comunicam bem com as pessoas para gerar um clima de aceitação e motivação em torno do que precisam aprender. Este Talento sabe facilitar o aprendizado por mais técnico que ele seja. Sabe entender e ouvir as pessoas e procurar chegar até elas de forma diplomática e amável, porém mantendo a distância e o respeito necessários ao bom educador. Ele tem o tempero certo entre o contato e o retraimento, entre o envolvimento e o distanciamento. Isto lhe faz ser a autoridade amada pelos que têm o privilégio de ser educados por ele.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Uma História Inesquecível - Pt. II

E o tempo foi passando e levando as certezas embora.

Ela já não sabia mais se era o certo. Ele não consegui mais fazê-la acreditar. Mensagens chegaram dizendo que aquilo não era pra ser. Pelo menos, não naquele momento. Eles conversaram, tentaram, mas, no final das contas, se apartaram.

Ele não queria desistir. Ela também não. Então eles continuaram se encontrando. Se vendo. Se falando. Se beijando. Cada momento que passavam juntos, mostrava que os dois foram feitos um para o outro, mas algo não estava certo. E, com o tempo passando, ele começaram a se distanciar por sua própria vontade.

Decidiram, então, esperar. Mas não conseguiam. Os dois se chamavam, sem palavras, sem som, apenas com os olhares. E eles continuaram se encontrando, escondidos, às vezes, e se amando. O amor continuava forte, o que trazia medo a ela. E se não fosse, mesmo, para acontecer? E se começassem a se entregar e se ferissem mais ainda caso tudo tivesse que acabar.

Foi, então, tomada uma decisão. Os dois não mais se encontrariam. Viveriam suas vidas, procurariam suas pessoas, seriam amigos e, quem sabe, um dia, se encontrassem novamente, quando tudo estivesse certo.

Ele sofreu com essa ideia. Sofreu muito por ter que se afastar de seu amor. Ter de desistir daquela a quem ele tanto queria. Daquela que seria sua por toda vida. Como desistir da própria vida?

Ele tentou. Pediu a Deus que tirasse todo aquele amor de seu coração. Pediu que voltasse ao tempo em que não a conhecia. Pediu para achar a pessoa certa. E Deus ouviu. Mas não respondeu de imediato.

Chorou, várias vezes, quando pensava que estava ficando "livre" e alguma coisa o fazia voltar ao que poderia se tornar uma ferida no coração. Não era, ainda, uma ferida. Por mais que tentasse arrancá-la de si. Não conseguia. Só puxava, sentia a dor lancinante, o frio constante e a alegria se esvaindo.

Acreditou, por um momento, que conseguiria se desvencilhar de tão grande amor. Pensou que, um dia, não sentiria mais essa dor. Achou que viveria feliz sem ela.

Pobre rapaz. Não sabia que estava condenado à morte. E morte por amor.

Mas o tempo passa...

(continua...)

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Uma História Inesquecível

No dia em que a viu, seus olhos encontraram a alegria. Felicidade era algo que ele conhecia de ouvir falar, até aquele momento. Ela brilhava para ele, ainda que não fosse para ele que estavam voltados seus olhos. Mesmo assim, ele sabia que tinha encontrado alguém especial. Só não sabia o quanto essa pessoa seria especial.

O tempo passou e ele apenas esperou. Não quis tomar uma decisão desacertada. Ela era muito importante para que fosse usada por um sentimento confuso. Tudo que ele via era alguém muito especial, que ia crescendo em importância e começava a fazer parte da sua vida.

Então a necessidade de falar algo chegou. O medo o segurou por um momento, mas não conseguiu aplacar sua vontade. Muito tímido, ele começou a insinuar o que sentia. As palavras começaram a tomar novos significados e as frases ganhavam novas respostas. Respostas silenciosas, sem palavras, ...

A decisão veio no momento certo. Ele se segurou até não conseguir mais esconder tudo aquilo. E, numa bela madrugada, ele contou. Contou o que pensava, o que sentia, o que queria. Ela ouviu, mas queria conversar um pouco mais. Talvez já quisesse, mas não é daquelas que se entrega fácil. (Ouxe!)

Encontraram-se novamente. Não mais como se encontravam antes. Dessa vez foi diferente. Ideias diferentes. Ela já sabia o que ele queria. Ele procurava saber se ela queria. Ela deu-lhe uma chance.

Ele ficou feliz, e muito! Começou a crescer, então, tudo aquilo que já vinha crescendo ultimamente. Ela também começou a gostar daquilo tudo. Foram felizes.

Mas o tempo passa...

(continua...)

domingo, 5 de dezembro de 2010

Conversa às claras!

Ele - sobre a chuva

Ela - acho melhor não! 

Ele - por quê?

Ela - porque não é interessante.

Ele - tá vendo... vc sabe o que não é interessante...

Ela - (silêncio) (bebe coca)

[...]

Ele - Alô! 

Ela - peraí (tô fazendo a transcrição da conversa, droga!)

Ele - é que ficou silêncio aí...

Ela - (risos)

Ele - que foi?

Ela - não fala nada!!! Hum...

Ele - q foi?

Ela - vc vai rir muito.

Ele - vc já escolheu sobre o q vai escrever?

Ela - sim. tô escrevendo já. Peraí (afinal, eu tenho q escrever, né?!) Pode falar agora.

Ele - tá, né... eu hein... por que do nada "fala não fala"?

Ela - É q eu to transcrevendo a conversa.

Ele - imaginei... (risos)

[...]
 

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Por Você

Por você não desisto. Por você insisto, persisto e conquisto tudo o que preciso. Faço o possível, peço o impossível e sou atendido com o incrível.

Não posso deixar que as vontades e alegrias momentâneas te roubem de mim. Não posso me deixar te tirar de mim. Minha vida não foi feita para viver sem você. Os momentos em que isso acontece, são para aprender a te ter.

No dia em que puder te levar, esperarei até o minuto certo. Quando, enfim, estiver tão perto, ao ponto de nos confundirmos com nós mesmo, sem ter certeza de quem é eu ou você, então teremos nos encontrado no ponto único da vida. Aquele em que não necessitamos saber quem fomos ou quem seremos, pois somos um.

Tanto quero te dizer e não sei falar. Minha boca se enche de palavras que não existem. Meu coração bate no seu ritmo, querendo se unir ao seu. Lágrimas enchem meus olhos, lágrimas de alegria, ao saber que você está aí, do outro lado, sorrindo pra mim, me esperando, me chamando, me amando...

Sei que Deus tem o melhor pra mim e pra você. E sei que o melhor pra mim é você. Não discordo da minha "sorte". Ela foi criada para mim, para agir por mim, não para ser alterada por mim.

Então, esperarei. Esperarei o dia certo para te ter em meus braços, meus lábios, aliás, nossos braços e nossos lábios. O dia certo para eu ser você e você ser eu. Os dois em um só. A unidade idealizada pelo Criador. No tempo dEle.

Não sei, exatamente, como fazer isso. Na verdade, não sei muito bem o que fazer. Mas Ele sabe. E Ele tem um plano. Cada passo que Ele escreve é uma linha de uma história que eu ando. Sou guiado por Ele. E para Ele sou guiado, para a Sua vontade.

Agradeço a Deus por ter te colocado aqui, ali, lá, onde quer que eu vá. Na minha vida Ele te colocou. E acredito que tenha me colocado na tua. Não por acaso, pois isto não existe. Mas Ele sabe quem somos, do que precisamos, de quem precisamos.

Então, por você, atravessarei rios, mares, desertos, vales. Enfrentarei exércitos, saltarei muralhas, passarei pelos pesadelos, acordarei dos sonhos. Por você eu farei o que for preciso.

Por quê?

Porque EU TE AMO, THALITA.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

I'm a Lucky Man

Não sou muito de escrever sobre tudo que me acontece, ou todos momentos da minha vida. Também não sou muito de colocar vídeos nesse blog. Mas acordei, ontem, com essa música na cabeça e ela ficou até agora. Eu até ia colocar a versão em Inglês, mas achei essa tão linda!


segunda-feira, 22 de novembro de 2010

#DiadoMusico

Aqueles que tocam a vida
Aqueles que tocam à vida
Aqueles que movem o ar
Aqueles que fazem o som falar

Músicos
Em seus momentos lúdicos
Fazendo arte
Se revolucionando em cada parte

Músicos são mestres da alma
São os oradores do universo
Em seus devaneios
Fazem e desfazem ao inverso

Captando as lágrimas do vento
Moldando as arestas do tempo
Cada nota produzida
Traz o coração ao relento

Mergulham no fundo do sentimento
Sobem a alturas estonteantes
Quando o som sai de seus instrumentos
Traz um perfume alucinante

Músicos são assim
Para sempre apaixonados
Seja pela música em si
Ou por quem foram deixados

Desgarrados da matéria
Apegados ao etéreo
Na essência aérea
Criam e desenrolam seu mistério

Vida é o que procuram
É tudo o que querem
Podem fazer nossos corações acelerarem
Ou com que nossas artérias congelem

São especialistas em fazer as maiores viagens
Sem se mover um único metro
Pegando um caminho tortuoso
Ou, às vezes, escolhendo um reto

Nem sempre são entendidos
Nem mesmo por um doutor
Mas mesmo não compreendidos
O que fazem, o fazem com amor

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Como o dia pode ser bom, mesmo com dor de ouvido

É disso que eu falo! Quando estou lá preocupado, sem saber o que fazer, falo com Deus, pergunto que caminho tomar e ele diz:

"Just call my name and I'll be there"

Sério. É muito louco quando Deus fala comigo de um lugar que eu nem espero. É assim que Ele faz.

Quando estou preocupado,
Ele vem e fala comigo.
Quando não sei o que fazer,
Ele me mostra o caminho me livrando do perigo.

Faz bem estar debaixo de suas asas.
Confiar em sua vontade é ter certeza do mais belo.
É saber que a vitória vem
assim que for o tempo certo.

Me faz caminhar por lugares lindos.
Me faz lembrar momentos de glória.
Ele é quem fez o começo
E já planejou até o fim da minha história.

Nas suas mãos me sinto seguro,
Não me preocupo com nada.
Sei que Ele é fiel
Mesmo que, de vez em quando, eu dê uma vacilada.

Não tenho como pagar
O que faz por mim com tanto amor.
Ou o que já fez,
Se entregando para sofrer tão grande dor.

Agradeço por ter seus olhos sobre mim,
Me vigiando e guardando.
Sei que com Ele ao meu lado
Sempre continuarei caminhando.

Obrigado, meu Pai,
por comigo se importar.
Mesmo que eu, às vezes,
Esqueça de te agradar.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Clássico x Moderno

Andei pensando no post do meu colega de blog. E cheguei a uma questão: por que ser clássico enquanto a tecnologia avança sem parar e o mundo acelera a cada minuto que passa?

Claro, há uma larga diferença entre ser clássico e retrógrado. O primeiro é estiloso, o segundo é fatídico. Do classicismo emana todo um rebuscamento que só os bem formados conseguem entender. Contudo, a modernidade é avassaladora e, também, encantadora. Quem não quer "estar na moda"? Ah, há quem diga que não... mas, ainda assim, busca na atualidade coisas para usar no destoar social.

Penso que é preciso haver um equilíbrio entre a vertente clássica e a vertente moderna. Pode-se ver pela própria literatura. Quem não curte ler o bendito Gregório de Matos e também o excelente Osvald Andrade? A cada momento é preciso escolher o texto que melhor lhe apraz e degustar os textos ou clássicos ou modernos, de um ou outro. Assim também o devemos ser... tais quais a literatura: bem temperados.

Amo a modernidade, o simplificado, a agitação, a novidade. Mas também curto o erudito, o tradicional. Gosto do que é clássico, contudo, preciso pensar na aceleração que a vida me impõe. Não quero ser passada para trás apenas por querer andar lentamente. Se o contexto me pede, piso no acelerador... se, ao contrário, me impede, ando calmamente, divagando pelas ruas.

Não há o que pensar... há de se equilibrar.
 

sábado, 13 de novembro de 2010

Sou um clássico

Fabricado em 1988, quando já começavam a produzir os modelos mais modernos, fui feito no formato antigo. O Engenheiro me moldou, artesanalmente, para que eu fosse como um dos "antigos".

Ainda utilizando um carburador, sem essas coisas de chips, suscetíveis a qualquer tipo de alteração por parte de outros, tenho a mecânica complexa, só podendo sofrer mudanças pelas mãos do mesmo Engenheiro.

O motor é grande, como dos antigos, proporcionando maior força e velocidade. Não que eu viva com pressa, mas sou um daqueles que correm, despreocupados, pelo prazer de sentir o vento.

Não sou como esses modelos novos, que amassam por apenas encostar em uma parede. Fui feito com estrutura forte e carroceria dura, ótimo para passar por muros.

O que vejo, hoje em dia, é uma safra de modelos pequenos, afobados, que nem sabem o que é uma estrada de verdade. Contentam-se em correr, como baratas tontas, por essas ruas curtas. Com suas latarias coloridas, ficam por aí, sem destino.

Eu gosto de longas viagens. São mais difíceis. É onde o Engenheiro pega as peças gastas, ou, às vezes, quebradas, e as refaz, mais fortes que antes.

Rodo, suavemente, ao som de Jazz, Blues, Rock and Roll. Vou a paraísos inimagináveis, guiado pelo Motorista. Posso, em alguns momentos, parecer lento, mas é apenas minha forma de desfilar.

Tenho orgulho de ser assim. Embora a maioria esteja optando pelos mais modernos, somente quem merece e sabe apreciar, tem a felicidade de viajar comigo.

Fui feito para atender a exigências, não para viver de passeios sem direção certa. Fui feito para ser confortável, não para viver lotado. Não é qualquer "coisinha" que pode encostar nesse estofado.

Sei que serei chamado de velho, ultrapassado, antiquado. Mas, para quem importa, nunca deixarei de ser bom, diferente, único... clássico.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Hoja Blanca

Pedí una hoja en blanco.
Quise dibujar.
Nada me vino a la cabeza.
Intenté poetizar.

Escribí mis versos vanos.
Palabras rellenadas de tormento.
La pena se movía en mis manos.
Del dibujo, solamente el intento.

Alucinada de deseos.
Esvaciada de pensamiento.
La pelea no me interesa.
Me vale más el sentimiento.

Miré la hoja escrita.
Mi sorpresa fue tamaña.
En blanco seguía el papel
En el cual escribía mi hazaña.

La hoja blanca me vino.
La hoja blanca volvió.
Pero el corazón sigue lleno.
De todo lo que me pasó.
 

domingo, 24 de outubro de 2010

Tontería interesante.

¿Alguien ya imaginó cómo estará a los treinta? Yo no quiero pensar en eso para no deprimirme. jajaja

Encontré en una comunidad de Orkut una lista de cosas para hacer antes de los 30. Yo señalaré las que considero las que quiero hacer y las que ya conquisté. Para que puedas diferenciar, lo que está en negrita es lo que pretendo hacer. Lo que está en rosa ya hice. Y lo que está en gris es lo que no tengo ganas o que me da igual:


1 Ficar absurdamente bêbado pelo menos 1 vez na vida
2 Encontrar alguém da Net
3 Agarrar um amor platônico
4 Se apaixonar a primeira vista
5 Roubar o namorado de alguém
6 Roubar chocolate nas lojas Americanas
7 Ir p/ balada d ônibus
8 Subir num palco e dançar igual louco
9 Transar num lugar publico (JAMÁS)
10 Fingir ser estrangeiro e falar um idioma que não existe (pueden imaginar que idioma hablé, ¿verdad?)
11 Pintar o cabelo de uma cor absurda
12 Fazer uma Tatoo
13 ter o melhor sexo da sua vida com um idiota
14 Ir a um show d rock e ficar gritando: 'CANTA PAGODE'
15 Voltar da balada e dormir com a roupa que saiu
16 Se jogar na piscina de roupa
17 Fugir de casa p/ sempre e voltar no outro dia
18 Ir numa boate gay
19 Passar uma semana a base de sorvete e chocolate
20 Tomar banho de praia à noite
21 Ter um peixe e conversar com ele
22 Encontrar um ídolo (pero, como tengo muchos, sería muuuy difícil elegirlo)
23 Sacanear um desconhecido
24 Chorar vendo um desenho
25 Compor uma música
26 Viajar sozinho
27 Chorar de tanto rir (siempre hago eso... es muy común para mí)
28 Jogar uma bomba no vizinho (si tengo. No necesita ser una bomba - una piedra bien grande y pesada estaría bueno)
29 Encontrar um amor
30 dizer EU TE AMO (ya dije una vez. pero quiero decir de nuevo)

¿Y tú? ¿Qué quieres hacer antes de los 30? ¿Qué ya hiciste? ¿Qué cosas te importan un pimiento en hacer?
  
Comenta, ¿sí?
 

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

A Batalha

Os olhos vermelhos e as garras pingando sangue. Os nervos do pescoço brotando como ervas daninhas. A baba gosmenta tocando o chão. A mandíbula fumaçando. As escamas se balançando, como que para liberar a pressão.

Tudo está escuro. Apenas a iluminação de pequenos objetos ainda em brasa. Um corpo caído no chão. Ou o que, um dia, foi um corpo. Os olhos vidrados, a pele nua e rasgada, ossos aparecendo.

A batalha foi longa, mas não houve chances de vencê-la. Tudo dizia que ele seria derrotado. E foi o que aconteceu. Todos seus ataques foram inúteis. Suas tentativas de fuga foram frustradas. Não havia mais esperança.

O calor do local começava a se dissipar. Ninguém em volta. Silêncio quebrado, apenas, pela respiração do vencedor. O ar começava, então, a se mover. Transformando se em uma leve brisa.

Os olhos se fecharam, o peito se movimentou. De volta à vida. O ser, que deixara de ser monstruoso para se tornar belo, se curvou para receber seu mestre.

Mais um dia terminado. Mais uma etapa completada. E os dois saem andando. Com seus destinos certos. Suas vidas, como sempre, resolvidas, mesmo que no oculto. O fogo os envolve. Tudo vira luz.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Intromisiones sin fin

No quería bien escribir en este blog, pero esto es el único lugar en el cual sigo escribiendo en español (mi lengua materna - jajajaja). Así, les quiero contar que estoy contenta por haber un regalito del Día del Maestro. Algo simple, pero que me tocó... las acciones son más importantes en estos momentos. Saber que alguien se importa conmigo, que se acordó de mí me hace bien.

Entonces... estoy feliz.

Pero no fue para eso que llegué en este blog. Quiero darle vida... porque casi muere, pues su dueño ya no le mira... sólo quiere saber del tal "meme de octubre". Bueno, entonces voy a aprovechar la fecha conmemorativa de mañana para contar un poco de la rutina del profesor.

Es común oír a los profesores que tanto reclaman de los bajos sueldos, de los alumnos que no se importan con los contenidos que pasamos, con los padres de alumnos que acaban con nuestra sanidad etc. Claro... la verdad es que no somos tan valorados como deberíamos ser. Al fin y al cabo, somos los responsables por la formación intelectual de niños hasta mayores. Sin embargo, eso es visto como un trabajo maternal... aunque nos llamen de "tía". Sinceramente, acabamos creando lazos tan afectivos con algunos (muy pocos) alumnos, que sí... acabamos cuidándolos como si fueran de nuestra familia. Pero eso no es suficiente para adquirir el respeto y cariño de los demás. Además, no influencía en el aumento de mi salario.

Hay unos que dicen que el profesor no gana tan mal... sin dudas no gana bien. Lo que más me mata como profesora es hacer y corregir pruebas, dar grados. No sé... me da una gana de llorar, de matar al alumno. Porque son cosas que sabemos que ellos saben y los tontos insisten en errar. #hijop...

Lo peor es todo el trabajo que tenemos de leer palabra por palabra y señalar los errores. A veces me dan ganas de no hacer evaluaciones formales... jajajaja... pero las instituciones no me dejan así hacerlo. ¬¬
Así paso años de mi vida corrigiendo... el precioso tiempo que podría estar dedicándome al ocio. =p

De niña quería ser profe. Después, sabiendo de esa vida tan loca, cansativa y desvalorada que tiene el profesor, desistí. Pensé en hacer ingeniería química: vivir aislada en un laboratorio, oler a ácidos y ganar mi dinero. Pero la vida no quiso así (mejor dicho: Dios no quiso así): descubrí encantadoramente la carrera docente y me enamoré. Ahora sé que nací para eso y que no sé hacer otra cosa si no enseñar.

=D 

sábado, 9 de outubro de 2010

Sobre meninos, princesas e dragões

Sou apenas um menino. Um daqueles que acreditam em contos de fadas, que existe uma princesa esperando para ser salva do dragão, que acredita em dragões e que pode lutar contra eles.

Um pequeno menino, que treina incessantemente para superar um adversário que não conhece. Que luta constantemente contra o que acredita ser o mal. Que nem desconfia que o dragão pode, simplesmente, não existir. Ou ser ela. Ou ele.

Um tolo menino, que acredita no amor, no poder de um desejo e, pasmem, na possibilidade de ser amado. Que acha que vai acordar a princesa com um singelo beijo.

Um desavisado menino, que sonha com seu cavalo branco, seu castelo e seu casamento, tornando-se, dessa forma, rei. Que pensa que seu reinado será de paz e alegria.

Um menino louco, que acredita que terá seu tapete voador, um gênio, um cavalo falante e uma espada cantante. Que diz andar sobre as águas ou respirar abaixo delas.

Um menino sonhador, que não desiste de tudo isso. Que sabe a dificuldade de realizar seus desejos. Que não é um deus, mas age como um filho.

Um menino, talvez, como todos os outros. Mas, acima de tudo e apenas, um menino com fé. Que acredita na realidade de tudo isso.

Sou apenas um menino.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Clases de español

Y les digo que este blog ahora se convertirá en una sala de clases de español.

La primera lección será:

Saludos y Despedidas

- Hola, ¿qué tal?
- Muy bien, ¿y tú?
- También.
- Ahora me voy. Hasta pronto.
- Vale... ¡chao!

Lección dos:

Presentaciones:

- Yo me llamo Juán.
- Ella se llama Marina.
- Tú te llamas Ricardo.
- Mi apellido es Medina.
- El apodo de Marina es caperucita roja.
- Yo tengo 45 años. ¿Y tú?
- Voy a cumplir 32.
- Ésta es mi madre. Su nombre es Rita.
- Nosotros pertenecemos a la familia Aguiar.
- Vosotros sois profesores como yo.
- En mi familia hay un enfermero, un abogado y cinco actores.

Lección 3:

?
 

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Ay, Caramba.

La Creída (a saber, yo) ahora va a intentar utilizarse del portugués:

Eis que te falo que já passou o tempo em que se deve chorar por frustrações.
Digo, também, que aquilo que parecia ser perfeito é, de longe, o que há preparado para você.
Às vezes, por estarmos iludidos por algum sentimento, cremos que apenas a nossa visão é suficiente para nos orientar no mundo. Contudo, esquecemos que somos míopes diante da sabedoria de Deus.
Impotentes somos...
Conforme-se com suas limitações!
Atreva-se a sonhar!
Aprenda a se submeter!
Eis que te falo que aquEle que começou a boa obra tem sido (e sempre será) por nós.
Não adianta fugir daquilo que Deus tem planejado para nós, pois, sem dúvidas, é o que há de melhor.
Inusitadamente, fugimos das bênçãos que estão diante de nós porque queremos ser espertos e seguir por um atalho. Quer uma dica de motorista?
Atalhos quase nunca funcionam... só pioram... e aumentam o tempo da viagem.
 
Aguardar... seguir em frente... chegar!
 
É...
 
 

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

De nuevo...

Sé que me despedí, pero el dueño ya desapareció de nuevo. No me gusta ver blogs tan parados así.

Ayer pasé la noche bajando canciones... viejas canciones que siempre me encantaron. Por increíble que les parezca, bajé una de Britney Spears. Sííííí; la música que más puede decirles quién soy: "Sometimes" - por eso digo que soy bipolar. =D

Sometimes

You tell me you're in love with me / Like you can't take your pretty eyes away from me.
It's not that I don't want to stay / But every time you come too close, I move away.
I wanna believe in everything that you say / Cause it sounds so good.
But if you really want me, move slow / There's things about me you just have to know.

Chorus:
Sometimes I run, Sometimes I hide / Sometimes I'm scared of you.
But all I really want is to hold you tight / Treat you right, be with you day and night.
Baby, all I need is time!


I don't wanna be so shy / Every time that I am alone I wonder "why?".
Hope that you will wait for me / You see that you're the only one for me.


I wanna believe in everything that you say / Cause it sounds so good.
But if you really want me, move slow / There's things about me you just have to know.

Chorus:
Sometimes I run (sometimes), sometimes I hide / Sometimes I'm scared of you.
But all I really want is to hold you tight / Treat you right, be with you day and night.
All I really want is to hold you tight / Treat you right, be with you day and night.
Baby, all I need is time!


Just hang around and you'll see / There's nowhere I'd rather be.
If you love me, trust in me / The way that I trust in you.


Sometimes I run, sometimes I hide / Sometimes I'm scared of you.
But all I really want is to hold you tight / Treat you right, be with you day and night.
All I really want is to hold you tight, treat you right / Be with you day and night.
Sometimes I run, sometimes I hide / Sometimes I'm scared of you.
But all I really want is to hold you tight
...

Bueno, y así es. No sé bien por qué pensé en esta canción, pero ella me conmove. Tal vez porque es alguien que no cree más en los sentimientos... en las posibilidades. Que tiene miedo a herirse... de nuevo, tal vez. Si pudiera hacer un pedido, pediría que nunca me hubieran lastimado tanto. Pediría también que nunca me hubiera enamorado de alguien... Pediría para tener un alma sin amor... aunque sé que es imposible no amar. Pero yo sé que mismo cuando amo, huyo de todo. O cuando amo, no soy amada. O, aún, cuando me aman, ya no quiero ser amada... No sé... a veces...
La bipolaridad no siempre es buena, a menos para escribir tanto... para pensar... para hacerme llorar todos los días. Lloro, aunque sin lágrimas. No sé.. sé que a veces soy lo que nunca quise ser... a veces estoy como nunca quise estar.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Despedida

Mira que el dueño, al fin, decidió volver su actividad.

Entonces, me despido momentáneamente... puede que un día vuelva a escribir aquí. Por hora, les bastan las palabras del Pequeño Chico. =D

Saludos... 
 

Esperando

Hora de voltar
Amanhã teremos tudo novamente
Mais um dia, mais várias horas
Mais uma jornada diferente

Quem sabe o que os sonhos de hoje trarão
Isso, se é verdade que eles chegarão
Às vezes, apenas durmo
Me entrego ao sono e com as sombras me cubro

Pesadelos tenho frequentemente
Como um abismo que me olha de frente
Acordo como um menino, chorando
Então meu coração vai se acalmando

Mas espero um mundo de novidades
Alguma coisa boa na vida
Alguém que me ajude, talvez
Ou um remédio para as feridas

Dormirei, mais uma noite, sem fé
Esperando o amanhã que, talvez, não venha
Pode ser que me coloque de pé
Ao lado de uma lareira queimando lenha

Devidas Explicações

Bem, como todo mundo já sabe, eu sumi! E por um tempo considerável. Mas estou tentando voltar à minha antiga rotina de, ao menos, um post por mês.

Poderia dizer que sumi por causa do trabalho, dos estudos, da falta de tempo, coisas que realmente faço. Mas estaria mentindo se assim me desculpasse. Então, lhes contarei o real motivo de meu não tão repentino sumiço:

Tudo começou de uma forma que não percebi. O desânimo foi tomando conta de meus dedos. Minhas ideia vinham e iam, mas não tinha a mesma vontade para colocá-las na tela, no papel, etc...

Tentei, por algumas vezes, voltar à ativa, mas tudo o que restava era um retângulo branco esperando por minhas palavras.

Tive momentos de iluminação. Minha mente criava os melhores textos, as melhores rimas, as viagens mais loucas, mas não conseguia me colocar para escrever.

Enfim, foi culpa de minha vida louca e minhas ideias desvairadas.

Peço desculpas aos que me esperavam, aos que esperavam o encerramento do blog, aos que esperavam alguma promoção relâmpago, aos que nunca me viram, aos que sempre me ouviram, aos pobres, aos ricos, e vamos parar com essa palhaçada!

Desde o começo eu avisei que poderia passar por isso, mas estou voltando.

Agradeço, imensamente a La Creída que, com grande misericórdia de meu ser, assumiu, temporariamente, as postagens. Jamais me esquecerei de ti! E continuarás escrevendo, se assim desejares. Assim espero.

Aguardem novidades. Não da minha vida, do blog.

Dito isto, deixo-vos com meu até mais:

Até mais!

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Novedades...

la novedad más grande que les puedo contar es que no hay novedades.

Fastío... ¬¬'

A ver, ayer tuve una súbita creación en el medio de la calle. Pero se me la olvidó... ¿y ahora?

Intenté recuperarla, pero los versos no me salen en lo dedos... ya se fue.

Estoy aquí sólo para sacar el polvo de este blog, ya que el dueño no se presta a venir echar un vistazo. Pobre del blog... =/

Tengo otras cosas que hacer y ya no aguanto mi español cansado... =(

Vacacioneeeeeees... =( 
por piedad...

La creída
 

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

La historia:

"Érase un chico muy hermoso e inteligente. Érase una chica loca y exigente.
Un día, los dos se encontraron, se conocieron, se amaron.
La chica quería casarse, el chico aventurarse.
Se apartaron y decidieron vivir lejos, pero a ellos el amor les molestaba.
Después de un año, la chica se casó, se embarazó.
El chico se enfeó.
Apenas se encontraron y el amor renació.
Pero... ¿qué hacer ahora?
Después de todo que pasó, siéntate y llora.
No.
El amor les daba otra oportunidad.
La solución era que los dos salieran de la ciudad.
Érase un matrimonio. Érase una familia.
Otra familia se creó.
El hijo nació.
La pareja siguió enamorada.
Ahora eran ya
Un hombre feo y una mujer centrada.
Padre eficiente, madre competente.
El hijo... por sus padres amado
Sin saber la verdad...
Que por el hombre feo no había sido generado.
A lo largo del tiempo, el chico creció.
Hizo viajes y también se enamoró.
Érase un chico loco y encantador... Érase una chica inteligente que vivía sin amor.
En la universidad se conocieron...
En el bar se gustaron...
En el cine se encontraron...
En la playa se amaron.
Eran ya una pareja, un solo cuerpo cuando se presentaron a sus familias.
"Una buena chica", dijo la madre del chico.
"Un joven promisor", dijo el padre de la joven.
Al día del noviazco, las familias se conocieron.
Una cena íntima, una charla familiar.
Un encuentro inesperado
Una noticia inusitada.
La madre del chico vio a su marido de mano con la madre de la chica.
Quiso huir... inútil. Ya la habían reconocido.
"¡¿Eres tú la madre de este guey?!"
La verdad los pegó a todos...
Una gran tormenta.
Los jóvenes no sabían qué hacer...
Ya era un hecho consumado.
¡Incesto!
El padre verdadero intentó explicar todo a su hijo...
No le dio oídos.
La madre de la chica lloraba como un niño.
La chica se escapó.
¿Dónde estarían los dos jóvenes acusados de incesto?
Allí, caminando a la orilla del mar,
Se dieron las manos.
Caminaron...
Y nunca más volvieron".


- ¿Qué les pareció? 

¿Una historia triste? Tal vez... pero muestra las consecuencias del adiamiento de un amor. No lo dejen pasar... puede que no ocurra así... puede que peor, puede que mejor. Nunca es temprano para amar... tampoco es tarde. 
Siempre es tiempo de amor. Vivir es amar. Aunque existe algunas imposibilidades, aunque nada es perfecto... AMA
Otro día mi profe mi dijo que "el amor sobrevive de las imposibilidades, existe de las idas y venidas".
Entonces el amor no se viene, tampoco se va. Siempre está ahí... él se construye de eso. El amor no es una imposibilidad, él vive de ellas. Cuanto más se tiene obstáculos, más amor hay.

No sé porqué estoy tan romántica así... en verdad, no estoy. Pero me dio ganas de hablar de eso.

Besos... hasta pronto.

La creída
 

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Yo no sé...

el dueño de este blog es loco y, simplemente, desapareció en el polvo... en el mundo... en el universo.
Debo confesar que lo extraño... de verdad. Él, tal vez, no me crea... sí porque soy un tanto rara y eso no le gusta ni un poquetín. Pero él me conoce y sabe que, a veces, digo "te odio" cuando, en verdad, quiero decir "te quiero".

Bueno, sólo para fines de actualización, digo que él (Felippe) está estudiando mucho... alguien necesita estudiar, para trabajar bien y ganar dinero... y así poner la comida en la boca de los críos. Yo le avisé antes... ahora tendrá de aguantarlos. jejejejejeje...

Sé que les prometí una historia (¿o no fue aquí?), pero hoy no tengo ganas de contarsela. Todavía voy a bañarme, lavarme los dientes... seguiré en internet... pero no haciendo bromas para ustedes... 

Vuelvo muy pronto al mesenger...

(creo que estoy estropeando todo el sentido de este blog... jajajaja... pero a su dueño le da igual... ya no se importa con el blog, tampoco conmigo).

Sólo para encerrar: - Quiero mi huevo Kinder.

Besitos...

La creída

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Vacaciones...

Pues... el dueño de este blog está de vacaciones... sin inspiración para escribir algo. En verdad, su problema es nada más que PEREZA. Bueno, como soy una persona de buen corazón y de una generosidad tamaña (de mismo modo que humildad), me ofrecí (en verdad, impuse) para contribuir con algunas de mis palabras.

Es obvio que no sé escribir, que no tengo sensibilidad poética o cosa así, pero me da igual... lo que más me encanta en las palabras es el poder atemporal que tienen sobre uno. A ver, un hecho se puede durar por un largo tiempo... pero la palabra es eterna.

Eso será, probablemente, el tema de mi próximo postaje... eso si el dueño oficial no decidir volver a su arte. Voy a dejarlos con mis vanas palabras y promesas de un regreso.

¡Hasta muy pronto, gueys!

(Felippe, sal de estas vacaciones... ya me estás cansando.)

La creída...
 

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Desejada Viagem de Trem


Que ande comigo no mesmo trem
Que esteja sempre ao meu lado
Que me faça sentir que sou amado
E que saiba que amo também

Que ande comigo no mesmo trem
Que viaje pelos mesmos caminhos
Que passe comigo pelo meio dos espinhos
E que possamos ir além

Que ande comigo no mesmo trem
Que não reclame da viagem
Que saiba que não estamos só de passagem
E que só se preocupe com o que convém

Que ande comigo no mesmo trem
Que veja o sol e veja a lua
Que estejamos no meio da rua
E me ouça dizer que quero bem

Que ande comigo no mesmo trem
Que acorde com um sorriso
Que é tudo que preciso
Para ter um dia melhor que os últimos cem

Que ande comigo no mesmo trem
Que diga sim no momento sagrado
Que saiba que nunca deixarei de lado
E que sejamos felizes para sempre. Amém.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Moça

Por um momento fiquei tonto.

Não estou passando mal ou algo assim.

Foi sua presença que me pegou e pronto.

Me arrebatou e me deixou, enfim.



Seus olhos penetraram

Em lugares que ainda acredito que não existam.

Sei que pesadelos ficarão

Por mais que todos os sonhos insistam.



Estava naquele vestido preto,

Olhando para o mar.

Nunca tinha visto nada parecido,

Nem mesmo ao delirar.



Estive muito tempo espreitando,

Mas o vento trouxe até mim

O seu precioso perfume

Que é mais doce que o de qualquer jardim.



Perdi a noção de tempo,

Espaço ou coisa que o valha.

Parecia que minha mente

Havia se reduzido a palha.



Fiquei petrificado,

Completamente paralizado.

Então seus olhos me viram,

Por seu sorriso fui alcançado.



Não sei o que a fez sorrir,

Sei que não tenho esse poder.

Mas quando sua voz me tocou os ouvidos,

Todo meu corpo se pôs a tremer.



Aquela visão celestial ofuscou minha vista.

Não vi que estava muito perto.

Estava apenas olhando

Com meu peito aberto.



Não tive medo.

Sabia que não era como eu.

Mesmo assim fiquei ali.

Sua alma me envolveu.



Me disse algo incompreensível,

Nossas línguas não se conheciam.

Mas meu instinto sensível

Disse o que nossos corações já sabiam.



Não ficaríamos juntos,

Por mais que tenha nascido para amá-la.

Era e sempre foi o destino.

Sem saber o que é horóscopo, astrologia ou cabala



Ao vê-la se distanciar,

Minha voz começou a aparecer.

Falei que a amava,

Mas ela se pôs a correr.



Talvez porque não pudesse

Se relacionar com um selvagem como eu.

Mas nossas almas haviam se entrelaçado

Tão certo como a Terra girou e o Sol nasceu



Foi-se, então,

A bela que nunca mais vi.

O pesadelo é sempre o mesmo:

Ela partindo enquanto continua a sorrir.

sábado, 24 de julho de 2010

Madrugada Telefônica²

E então, após uma curta conversa pelo msn, resolvi ligar. Queria ouvir sua voz, queria sentir seu pensamento em mim, queria dizer que estava pensando nela, mas ouvi, senti e disse muito mais que isso.

É meio estranho ouvir, logo de cara, "Tá maluco?!" Mas a culpa foi minha de não ter avisado. Não pude e não quis esperar. Precisava tanto de sua voz como as plantas precisam do sol.

Não pensei que a ligação se tornaria tão boa. A ligação telefônica mostrou outra ligação que compartilhamos. Algo que junta duas almas, sintoniza duas mentes...

Por mais que houvessem os momentos tristes, por causa da situação explanada na conversa, houveram os momentos bons, os momentos muito bons e momentos incríveis!

Ouvi sua voz, suas risadas, sua respiração, seu silêncio... Ouvi sua mente, senti seu calor, seu cheiro... Sim, pelo telefone! Eu consegui após algumas tentativas.

Lembrei momentos bons, momentos ruins. Lembrei muitos momentos! Os primeiros, os últimos, os sonhados...

Chorei, sorri, senti frio, calor... E senti seu amor! Senti que tudo foi mais do que imaginei. Nada do que já disse chega perto do que recebi. Não apenas na ligação, em todos os momentos.

A ligação era a respeito de tudo. De tudo que entreguei, de tudo que recebi, de tudo que fiz e não fiz, e do que foi feito a mim. Era a respeito de uma época em que, não importava o que acontecia, estávamos lá. Mesmo com os "nãos", os "não mais" e os "dessa vez é sério", continuamos até onde podíamos.

Me entreguei a algo que me fez crescer, me fez mudar. Me entreguei a alguém que me fez sonhar, me fez delirar. Fui seu por todo esse tempo.

Revelações...

Fiquei sabendo de coisas que nem imaginava. Tive a certeza de que fui alguém a mais e não apenas mais alguém. Soube que, por mais que fosse o mesmo bobo e estranho, fiz bem. Ah... e como me senti bem...

Soube que, no fim, nem tudo que eu tinha imaginado era ilusão. Meu medo não foi te perder, meu medo foi que eu não tivesse você, em nenhum dos momentos. Mas soube que meu medo que era a ilusão. Minha imaginação me enganava por meios que eu imaginava estarem certos.

Mas a ligação não foi apenas sobre o que passou. Foi sobre o que havia na hora. Naquele momento sublime em que uma alma toca a outra. Os fios da linha telefônica apenas simbolizavam a ligação que havia ali. Senti seu coração abraçado ao meu. Senti que você também sentia algo assim. Seus suspiros não negavam.

Ouvi coisas importantes. Que me fizeram esquecer a hora, esquecer onde estava... Fizeram meus olhos entregarem suas pérolas...

Disse "Eu te amo" como nunca pude dizer antes. Minha alma, meu espírito e meu corpo se juntaram para trazer à minha voz aquela energia, que seria capaz de iluminar galaxias, e entregar a você...

Quando ouvi "Eu te amo", tudo flutuou... A energia se tornou mais forte do que eu imaginava. A alma, o espiríto e o corpo, que estavam tão juntos, dançaram ao som da música mais linda do universo, tocada por um instrumento perfeito, criado pelo Ser Supremo.

Enfim... Provei, foi-me provado... Foi lindo...

Mas nem tudo acabou. Por mais que uma fase incrível, problemática e linda tenha terminado, continua uma amizade que não se acabará. Algo criado pelo que junta e ninguém separa.

Quero que você saiba que também sempre estará aqui. E eu estarei onde precisares, com meu coração, com meu carinho, com meu ombro, com meu sorriso... ("huf" =P)

Te amo.




P.S.: Eu só consegui desligar por volta de 4:30 da manhã... Meus pais não sabem... Pretendo fazer com que continuem sem saber... Espero que não me cobrem... Mas pagaria feliz todos os centavos que isso me custasse...

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Papo Com a Lua

Conversei com a Lua esses dias. Ela disse que havia sonhado. Eu não sabia que a Lua sonhava. Mas também não sabia que ela podia conversar, então...

A Lua sonhou com um ser. Mais belo que ela. Ela, no primeiro momento, acreditou que estivesse sonhando com o Sol, seu amante eterno. Mas percebeu que o brilho desse ser era mais forte, mais vivo, mais humano! Sim, era um ser humano. E foi aí que ela percebeu que era um sonho. "Humanos não tem esse brilho", pensou.

Ao acordar para trabalhar, mais cedo que o normal, sentiu algo que chamava a sua atenção. Sem saber o que era, virou se a tempo de ver o brilho do seu sonho atenuando-se. Pensou em correr em sua direção! Mas não podia. Se atrasaria para o trabalho.

Passou toda aquela noite pensando naquele brilho. Seria mesmo de um ser humano? Seria isso possível? Ou estaria sonhando novamente? Pensou tanto que quase se esqueceu de seu amado, o Sol.

Percebendo a aflição de sua amante, o Sol perguntou o que havia. Ela lhe explicou tudo que ocorrera, com todos os detalhes. Mas o Sol, em sua força, robustez e altivez, não quis acreditar. Explicou à Lua que haviam poucas coisas que brilhavam mais que ele. E nenhuma delas era um simples ser humano.

A Lua, como amante incondicional, e confiante em seu amado, acreditou. Mesmo que ainda tivesse aquela linha de dúvida em seu coração.

No dia seguinte, enquanto dormia, teve o mesmo sonho. O mesmo ser lhe aparecia. Ela se sentia mais viva, brilhava mais... E então acordava, quase na hora do trabalho, mas a tempo de ver, novamente, aquele raio de brilho incomparável.

No outro dia, a mesma coisa. E no outro. No outro também. Até que começou a se atrasar para o trabalho. O sonho era tão bom que ela não sentia vontade de acordar. Até o dia que ela dormiu o dia inteiro e a noite também. Faltou ao trabalho.

O Sol preocupou-se. Não era normal que sua esposa faltasse ao trabalho. Então procurou-a e quis saber o motivo de tudo isso. Quase explodiu de raiva quando soube do motivo. A mesma coisa de brilho impossível a um ser humano. Foi trabalhar e acabou aquecendo muito o sudeste. Quem não trabalhou no dia, foi à praia. Quem trabalhou, ligou o ar-condicionado no máximo. Um bueiro estourou, pessoas passaram mal... Toda aquela coisa que acontece quando o Sol resolve se esquentar.

De noite, ao sair para trabalhar, a Lua estava meio deprimida, meio apagada... Eu, como gosto de observá-la, percebi. E em minha inocência pronunciei a pergunta "Por quê?"

Para meu espanto, a Lua respondeu! Começamos a conversar e ela logo me contou o que a afligia. Me disse também que sentia algo em mim que lembrava o ser brilhante. Esse foi o motivo de ter respondido. Ela sabia que eu a ajudaria.

Mas eu já tinha uma reposta para seu questionamento assim que começou a me contar o que havia:

- Eu conheço alguém que, para mim, brilha desse forma. Não sei se é a mesma pessoa, mas não custa tentar.

Ela logo se animou. Mas fiz com que me prometesse que continuaria trabalhando normalmente após conhecer esse alguém. Que não deixaria o Sol e que seria feliz enquanto existisse, mesmo sem poder seguir o ser dono do brilho.

Então marquei com ela numa noite, em uma praia legal, para que visse o ser. Fui então, naquela noite, com uma amiga minha a essa praia. Uma amiga conhecida de vocês.

E foi a primeira vez que vi a Lua chorar de emoção.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Teu som

Música para mim, tua voz. Invade meus poros e convida minhas células para um coreografia invejada pelos maiores bailarinos de todo o mundo. Eleva minha alma a um êxtase capaz de drenar minhas forças.

Sinto as notas do teu perfume, combinadas com a batida do teu coração, e deixo-me ir por entre as partituras do teu abraço.

Os acordes de teus cabelos fazem o acompanhamento para a melodia de teus olhos. O som do teu sorriso toca os tímpanos de meus olhos e os fazem bailar onde quer que vás.

Meu sangue pulsa na velocidade do teu compasso. Teu andamento me deixa calmo e eufórico, agitado e lento, como um turbilhão de paz.

As rimas do teu ser fazem meu cérebro funcionar de forma incrível, não dando espaço para que me esqueça de ti.

Sinto um arrepio quando percebo suas voltas e improvisos. Fico pensando no criador desta bela obra. Um ser tão perfeito que faz e apresenta suas músicas de modo tão lindo que me emociona a alma, o espírito e o corpo.

Como é bom poder te ouvir, te ver, te sentir, te tocar. É como se não houvesse mais silêncio. Como se tudo que existisse fosse só o teu som.

Explosão de alegria me ocorre quando soas em mim. Quando tuas notas fazem vibrar a minha alma. Sou um ouvinte ávido pelo seu desenrolar. Rio, choro e, principalmente, danço quando te ouço. Sim, danço, me balanço, me lanço de encontro às tuas ondas. E não me canso.

Me inspiras em meus sonhos. Sou levado por meio de asas sonoras e passo por suas nuvens musicais. O cheiro de teus graves, médios e agudos me inebria. "Música de preto. gosto tanto dela assim."

Como dizem, a música manifesta os sentimentos de quem a cria. Tu, dentre outros, demonstra, principalmente, o mais importante deles: o AMOR. O próprio Criador.


À Música, Musicista, Musa...

sábado, 5 de junho de 2010

Pensamentos e Tormentos

Enquanto penso na incoerência dos meus atos, percebo que meus conceitos estão ficando fracos. Ou não. Fraco sou eu, o cara que errou e se arrependeu, mas mesmo assim não muda os erros que cometeu.

A vida é falha, os homens então... Tentando ganhar a medalha acabamos com o coração. Principalmente o nosso, que não mede mais esforços para encontrar, em meio a destroços, alguma razão para viver e obter tudo pelo que lutamos.

E é assim que acabamos nos encontrando em meio à tempestade, nos perdendo na vontade de fazer tudo certo, estamos bem perto mas erramos o alvo. É assim que se fica calvo.

Mas um dia a vida passa e arrasta nossa carcaça. Nos vemos levados pelo vento, consumidos pelo tempo que um dia esperamos, que com ele sonhamos e que agora estamos lamentando. E a vida segue andando.

Seguimos sem noção, procurando compreensão nos golpes do destino. E cantamos um hino a tudo aquilo que acreditamos, sonhamos e procuramos. Para que amanhã possamos gritar "Encontramos!"

quinta-feira, 27 de maio de 2010

O Retorno do Rei Dragão

Acordei. E o que vejo me deixa furioso: toda a cidade jaz em cinzas. O que aconteceu com tudo? Quem foi o responsável por isso?

Enquanto ando, vou catando os pedaços do que havia. Tudo aquilo que um dia fez deste lugar um aconchego, está destroçado. Parece que se passaram vários anos, mas sei que isso é trabalho de apenas alguns meses.

Enfim, encontro o responsável por isso:

- O que houve por aqui?
- Não sei... Acho que me deixei levar... Eu sei que a culpa é minha...
- Exatamente! Por que você tem que ser assim tão frágil?
- Eu me deixei enganar... Deveria ter parado e lutado enquanto podia... Mas decidi acreditar no que não devia...
- Agora você terá que dormir e deixar tudo sob meu comando. Te chamarei se precisar.

Ele vai para um canto e se prepara para dormir. Sei que isso vai demorar. E enquanto demora, ele me atrapalha.

Começo agora a reconstruir toda a estrutura do que um dia foi uma bela fortaleza. Nada a abalava. Até deixá-lo tomar conta. Eu sabia que não deveria ter dormido. Mas precisava.

Aliás, a terra precisava. Enriquecimento do solo, troca das águas, e mais: tudo que está aqui destruído, e todas as marcas que foram deixadas, servirão para deixar o lugar mais forte.

Não será a mesma coisa de antigamente. Será melhor. Uma fortaleza mais bela e forte. A casa mais bela que alguém já pode ter visto.

Sim, a reconstrução será difícil. Há muito para fazer. Mas não não é impossível. Já fiz isso várias vezes. Em todas elas fiquei mais forte. Mais preparado para a próxima. E é assim que vai ser.

Como é bom estar de volta.

Ele ainda não dormiu. Mas vou deixá-lo assim. Melhor para ele. Para que também se torne mais forte. Um dia reinaremos em harmonia, em equilíbrio, como fomos criados. Nesse dia tudo estará em equilíbrio. As terras frias e as quentes se entenderão. Flores não terão problemas em nascer em meio à neve. Como anseio por esse dia!

Mas, por enquanto, reconstruirei o que deve ser reconstruído. Lançarei no fogo o que deve ser esquecido. Guardarei as relíquias. Limparei a casa. O equilíbrio não chegou, mas está próximo.

Continuo trabalhando para Nosso Mestre. Ele sabe o motivo de todas as coisas. Mesmo as ruins. E tudo isso é para nosso bem.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Não Morno.

Será que saio daqui triste? Ou feliz? Confuso, talvez? Acho que saio frio.

O ar gelado do ambiente invade-me as narinas, se move até os pulmões e, ali por perto, começa a criar uma bola vermelha de gelo. Não sinto mais aquela pulsação. De alguma forma, meu calor é levado pelo tempo, que, mesmo não sendo dos mais belos, cumpre seu desígnio.

Enquanto permaneço aqui, meu cérebro também começa a ser afetado. Perdendo o calor e a luz que havia nos meus pensamentos, começo a parar de pensar.

Parece a morte. Aquela indolor e silenciosa, mas fria.

Algo chama a minha atenção. Olho, e é como o sol. É uma estrela. Seu brilho e seu calor me tocam. Por mais que esteja distante, ainda sinto seus efeitos.

Um sorriso começa a se formar em meu rosto. Meus olhos ganham uma pequena faísca.

Aquela estrela, que está lá longe, me aquece. Começo a derreter por dentro. Meus pensamentos começam a florescer. Mas ela continua lá. Não se aproxima, não deixa que eu me aproxime. Mas está lá.

Sei que não a alcançarei, nem terei a chance de me banhar na plenitude de suas chamas, mas fico feliz em saber que a estrela lança alguns poucos raios em minha direção.

Estou melhor. Meu coração trabalha, meu sangue se move.

Mas o frio está ali. Me olhando. Esperando que a estrela se esqueça e não mais me aqueça.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Na Praça

O som do córrego enche meus olvidos
A beleza das árvores e flores enche os meus olhos
Amo estar neste lugar tão querido
Um dia, estes serão apenas meus espólios

A menina corre atrás da borboleta
O menino se diverte no balanço
Cantando uma música sem letra
Parece até que não me canso

Observo os cães e cadelas
Correndo e pulando
Como moços e donzelas
Vão eles se amando

Observo um moço e uma donzela
Bebendo e caindo
Como um cão e uma cadela
Vão eles se agredindo

Chega alguém para apartar
Pra este acaba sobrando
Chega um policial para abrandar
E os três, em cana vão entrando

Confusão resolvida
Continuo observando
Antes da minha partida
As vidas vou retratando

Sobre a minha pouco falo
Não que não seja interessante
Mas ela é cheia de calos
E lembrá-la se torna agoniante

Prefiro falar sobre as coisas belas
Sobre as coisas que outros não veem
Como o sol batendo nas vielas
Mostrando o brilho que elas têm

Enfim, por hoje vou me despedindo
Me alimentar com o que ganhei de um amigo
Daqui a pouco estarei dormindo
E a lua, no céu, também estará comigo.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Seria? Serei!

Seria feliz
Mas assim o destino quis
Não me deixou transformá-la
Na rainha que, em meu mundo, fiz


A vida é assim
Assim é a vida
Simplesmente complicada
Deixando a alma partida


A alegria da amizade
Na tristeza da despedida
O mais belo sorriso
Anestesiando minha ferida


Meu coração geme
E minha alma chora
Mas meu caminho
Não é de um homem que implora


Se Deus quis assim
Quem sou eu pra discutir?
Esse não é meu fim
Apenas um grande pedaço a partir


Mas serei feliz
Com ou sem ela ao meu lado
Espero que seja sempre
O amigo muito amado


19 de Abril de 2010
Felippe L.B. Katan

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Mais Um Dia Na Linda Cidade

Acordo com os raios de sol que tocam no meu rosto.

Graças a Deus, a vida ainda não perdeu o gosto.

A vontade de viver sobrevive.

Mesmo que não haja quem me anime.


Pessoas passam na minha frente.

Todos com sua altivez.

Indo trabalhar, estudar,

Namorar, roubar, talvez.


Ninguém me olha.

Como se eu fosse um animal.

Mas ainda não tomei banho.

A culpa é minha de não estar legal.


Agora que já me arrumei

Pareço outro homem.

As mulheres me lançam olhares.

E os homens também.


Claro, os olhares delas são cintilantes e belos.

Os deles são raivosos e amarelos.

Elas gostam do que estão vendo.

Eles, por dentro, estão se roendo.


Vou para meu lugar de costume.

Ganharei meu pão e meu café.

Espero que alguém me arrume

Papel e caneta para mostrar minha fé.


Minha vida é assim.

Acordo, me arrumo e faço meus poemas.

Falo das belezas e afins,

Mesmo que algumas pessoas façam parte dos meu temas.




Continua...


Será?

segunda-feira, 15 de março de 2010

Não Há Nada...

Não há nada que me faça feliz,
Não há nada que me faça sorrir,
Não há nada que me dê sonhos,
Não há nada que me faça viajar,
Não há nada que coloque meus pés no chão,
Não há nada que me deixe confuso,
Não há nada que me faça entender tudo,
Não há nada que eu queira,
Não há nada que esteja longe,
Não há nada que esteja perto,
Não há nada lindo,
Não há nada que me torne lindo,
Não há nada que me dê forças,
Não há nada que me dê esperanças,
Não há nada que seja perfeito,
Não há nada perfeito que tenha defeitos,
Não há nada que eu queira bem,
Não há nada que eu pense,
Não há nada que me acorde,
Não há nada que me ajude,
Não há nada que me mostre um caminho,
Não há nada que brilhe,
Enfim,
Não há nada...




... como você.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Atualização!

Eis que vos digo: título infame para o blog mais desatualizado da internet. Ou melhor, o segundo blog mais desatualizado da internet, perde para meu outro blog que não vê a presença das letras de seu "escriba" (como diz o Daniel do "Deitando o Gato na Grelha", ótimo blog que, acredito eu, vou falar mais adiante...) a mais tempo que este que estás a ler.

A questão é a seguinte: a falta!

Sim, a falta. Não apenas falta de tempo, de dinheiro, de mulher, de carro, ou alguma outa coisa do tipo. A falta de ideias (sim, sem acento, né, Thalita? ;-D) a que fui acometido.

Fiquei um bom tempo sem ideias, não que isso tenha sido completamente resolvido, mas estou voltando para vocês, queridos leitores, que gastam seu precioso tempo, wich is money, para vir até aqui e se deparar com tão inúteis palavras. Aqui e no meu outro blog, que também ganhará algumas atualizações. (Não deixe de visitar.)

Enfim, como disse anteriormente, falarei hoje, também, do "Deitando o Gato na Grelha", um ótimo blog que achei dia desses, enquanto estava aproveitando um dos momentos de inatividade no meu trabalho, que são muitos e me fazem sentir ainda mais culpa por não postar nada para vocês. Mas o blog é bom, gostoso (ui...), bem humorado e fala sobre uma das minhas grandes, se não for a maior, paixões: Comida.

Não é qualquer comidinha de pessoas estranhas que visitam o site da Ana Maria Braga. Estamos falando de comida boa! Com "sustança"! Estamos falando de churrasco! Ou melhor, o Daniel está falando. Eu só leio e fico imaginando quando poderei fazer tais experiências.

De qualquer forma, indico o blog para quem gosta de churrasco, para quem não gosta, para quem odeia e para qualquer pessoa que esteja lendo este texto tão cheio de conteúdo. [/ironia] (Acreditam que eu esqueci a palavra "ironia"? Tive que procurar no Gooooooogle para saber o que queria falar. Isso é pra vocês perceberem meu estado mental...)

Outra coisa que queria falar... Não lembro... Enfim... Voltem a visitar os blogs. Prometo que serei menos irresponsável com minha assidualidade.

Peraí! Que história é essa?! Todo mundo sempre soube que não sou assíduo na internet!

Ok... tentarei agradá-los um pouco mais com minhas destilações intelectuais.

E meu "ho-ho-ho!" vos basta. [/bom velhinho mode] (ops... isso é do outro blog... Ah! Que se exploda!)



(*Esse post é oferecido com muito carinho à Thalita, que sentiu tanta saudade de meus posts que me fez prometer algo para hoje. Ok, ela não me fez prometer, fiz isso com toda minha liberdade mental. Thalita, Beijomeliga =*)

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Quem quer?

Eis que vos digo: enquanto tento fazer algo de interessante em meu novo emprego eu ouço música. Normalmente as mp3 me bastam. Mas nos últimos dias senti saudades dos meus velhos amigos da Band News FM.

Quinta-feira pela manhã. Dia chuvoso. Nada para fazer no trabalho a não ser começar mais um livro. E lá fui eu em minha nova empreitada. Com notícias como trilha sonora.

Lá pelas tantas de mortes planejadas e embaixadores sem experiência
¹, escutei algo que me tirou a atenção do livro que estava. Era a coluna Devaneio, onde o ator Juca de Oliveira, sim, aquele que você achou que estivesse morto, declama poesias. E dessa vez foi Rifa-se Um Coração, de Clarice Lispector. Gostei tanto que resolvi compartilhar. Segue:


Rifa-se um coração quase novo.
Um coração idealista.
Um coração como poucos.
Um coração à moda antiga.
Um coração moleque que insiste
em pregar peças no seu usuário.

Rifa-se um coração que na realidade está um
pouco usado, meio calejado, muito machucado
e que teima em alimentar sonhos e, cultivar ilusões.
Um pouco inconseqüente que nunca desiste
de acreditar nas pessoas.
Um leviano e precipitado coração que acha que
Tim Maia estava certo quando escreveu...
"...não quero dinheiro, eu quero amor sincero,
é isso que eu espero...".
Um idealista...
Um verdadeiro sonhador...

Rifa-se um coração que nunca aprende.
Que não endurece, e mantém sempre viva
a esperança de ser feliz, sendo simples e natural.
Um coração insensato que comanda o racional
sendo louco o suficiente para se apaixonar.
Um furioso suicida que vive procurando
relações e emoções verdadeiras.

Rifa-se um coração que insiste
em cometer sempre os mesmos erros.
Esse coração que erra, briga, se expõe.
Perde o juízo por completo
em nome de causas e paixões.
Sai do sério e, às vezes revê suas posições
arrependido de palavras e gestos.
Este coração tantas vezes incompreendido.
Tantas vezes provocado.
Tantas vezes impulsivo.

Rifa-se este desequilibrado emocional que abre
sorrisos tão largos que quase dá pra engolir as orelhas,
mas que também arranca lágrimas e faz murchar o rosto.
Um coração para ser alugado, ou mesmo utilizado
por quem gosta de emoções fortes.
Um órgão abestado indicado apenas para
quem quer viver intensamente
contra indicado para os que apenas pretendem
passar pela vida matando o tempo,
defendendo-se das emoções.

Rifa-se um coração tão inocente
que se mostra sem armaduras
e deixa louco o seu usuário.
Um coração que quando parar de bater
ouvirá o seu usuário dizer
para São Pedro na hora da prestação de contas:
"O Senhor pode conferir.
Eu fiz tudo certo,
só errei quando coloquei sentimento.
Só fiz bobagens e me dei mal
quando ouvi este louco coração de criança
que insiste em não endurecer e,
se recusa a envelhecer"

Rifa-se um coração, ou mesmo troca-se por
outro que tenha um pouco mais de juízo.
Um órgão mais fiel ao seu usuário.
Um amigo do peito que não maltrate
tanto o ser que o abriga.
Um coração que não seja tão inconseqüente.

Rifa-se um coração cego, surdo e mudo,
mas que incomoda um bocado.
Um verdadeiro caçador de aventuras que ainda
não foi adotado, provavelmente, por se recusar
a cultivar ares selvagens ou racionais,
por não querer perder o estilo.
Oferece-se um coração vadio,
sem raça, sem pedigree.
Um simples coração humano.
Um impulsivo membro de comportamento
até meio ultrapassado.
Um modelo cheio de defeitos que,
mesmo estando fora do mercado,
faz questão de não se modernizar,
mas vez por outra,
constrange o corpo que o domina.

Um velho coração que convence
seu usuário a publicar seus segredos
e a ter a petulância de se aventurar como poeta.


Sim, o post acabou ficando grande. Mas gostei do poema, então leia.

E o meu "descanse a vista" vos basta!


¹ Leia Windmills Of The Gods by Sidney Sheldon.