sexta-feira, 30 de abril de 2010

Na Praça

O som do córrego enche meus olvidos
A beleza das árvores e flores enche os meus olhos
Amo estar neste lugar tão querido
Um dia, estes serão apenas meus espólios

A menina corre atrás da borboleta
O menino se diverte no balanço
Cantando uma música sem letra
Parece até que não me canso

Observo os cães e cadelas
Correndo e pulando
Como moços e donzelas
Vão eles se amando

Observo um moço e uma donzela
Bebendo e caindo
Como um cão e uma cadela
Vão eles se agredindo

Chega alguém para apartar
Pra este acaba sobrando
Chega um policial para abrandar
E os três, em cana vão entrando

Confusão resolvida
Continuo observando
Antes da minha partida
As vidas vou retratando

Sobre a minha pouco falo
Não que não seja interessante
Mas ela é cheia de calos
E lembrá-la se torna agoniante

Prefiro falar sobre as coisas belas
Sobre as coisas que outros não veem
Como o sol batendo nas vielas
Mostrando o brilho que elas têm

Enfim, por hoje vou me despedindo
Me alimentar com o que ganhei de um amigo
Daqui a pouco estarei dormindo
E a lua, no céu, também estará comigo.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Seria? Serei!

Seria feliz
Mas assim o destino quis
Não me deixou transformá-la
Na rainha que, em meu mundo, fiz


A vida é assim
Assim é a vida
Simplesmente complicada
Deixando a alma partida


A alegria da amizade
Na tristeza da despedida
O mais belo sorriso
Anestesiando minha ferida


Meu coração geme
E minha alma chora
Mas meu caminho
Não é de um homem que implora


Se Deus quis assim
Quem sou eu pra discutir?
Esse não é meu fim
Apenas um grande pedaço a partir


Mas serei feliz
Com ou sem ela ao meu lado
Espero que seja sempre
O amigo muito amado


19 de Abril de 2010
Felippe L.B. Katan

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Mais Um Dia Na Linda Cidade

Acordo com os raios de sol que tocam no meu rosto.

Graças a Deus, a vida ainda não perdeu o gosto.

A vontade de viver sobrevive.

Mesmo que não haja quem me anime.


Pessoas passam na minha frente.

Todos com sua altivez.

Indo trabalhar, estudar,

Namorar, roubar, talvez.


Ninguém me olha.

Como se eu fosse um animal.

Mas ainda não tomei banho.

A culpa é minha de não estar legal.


Agora que já me arrumei

Pareço outro homem.

As mulheres me lançam olhares.

E os homens também.


Claro, os olhares delas são cintilantes e belos.

Os deles são raivosos e amarelos.

Elas gostam do que estão vendo.

Eles, por dentro, estão se roendo.


Vou para meu lugar de costume.

Ganharei meu pão e meu café.

Espero que alguém me arrume

Papel e caneta para mostrar minha fé.


Minha vida é assim.

Acordo, me arrumo e faço meus poemas.

Falo das belezas e afins,

Mesmo que algumas pessoas façam parte dos meu temas.




Continua...


Será?